O governo da Argentina, presidido por ultradireitista, Javier Milei, decidiu cobrar dos manifestantes de oposição cerca de R$ 60 milhões, alegando custos com a segurança pública, durante as manifestações da última quarta-feira, 20, nas ruas de Buenos Aires e cidades do interior.
A informação foi dada pelo porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni, na sexta-feira, dia 22 de dezembro.
As manifestações da última quarta-feira foram realizadas após o primeiro anúncio do novo protocolo do Ministério de Segurança, que decidiu proibir atos públicos de entidades ou de partidos políticos contra medidas do governo.
Segundo o porta voz, o governo ainda entrou com uma denúncia judicial contra as organizações, pelos supostos crimes de extorsão e fraude em relação à gestão dos programas sociais. De acordo com o porta-voz, a denúncia é resultado de chamadas recebidas pelo Disque-Denúncia.
A ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, confirmou em um ofício as informações dadas por Adorni.
Entretanto, entre as organizações citadas por Adorni está o Movimento Evita, uma entidade peronista que não participou dos protestos. Os atos contra o governo Milei foram convocados por organizações de esquerda, sindicatos e direitos humanos.