Ainda nessa semana, deve ser assinado pelo Ministério da Saúde um memorando de intenções com o Instituto Butantan para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac.
Ou seja: a vacina desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac. A decisão será técnica, já que auxiliares do governo federal salientaram que todas as vacinas que tiverem o memorando de intenção, “depois de registradas, serão compradas pelo governo”.
Isso apesar de o Instituto Butantan ser vinculado ao governo do Estado de São Paulo, governado por João Doria (PSDB-SP), inimigo do presidente Jair Bolsonaro, que já chegou a desautorizar publicamente de Bolsonaro o ministro da Saúde, General Eduardo Pazuello, quando este em outubro disse que compraria 46 milhões de doses do imunizante chinês.
Mas, nesta quarta, Bolsonaro mudou o tom e pediu “união”. No plano, o Ministério da Saúde diz estimar que os grupos de maior risco e de maior exposição estariam vacinados ainda no primeiro semestre de 2021.
O Butantan ainda não divulgou os resultados da terceira e última fase de testagem —que inclui a taxa de eficácia, por exemplo. O governo paulista disse que vai enviar esses dados à Anvisa em 23 de dezembro.
Mesmo sem a aprovação da agência, o Butantan informou já ter enviado ao Ministério da Saúde uma proposta para fornecer doses da CoronaVac a partir de janeiro de 2021.
O governo de Alagoas, por exemplo, tem a intenção de comprar esta vacina – caso o governo Brasileiro não o faça.