8 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Governo resolve endurecer contra greve no INSS e aciona justiça

O argumento é que a greve está comprometendo o processo de revisão dos gastos públicos

Com o risco da greve dos servidores do INSS comprometer comprometer as ações de revisão de gastos públicos, cruciais para fechar as contas do Orçamento de 2024 e 2025, e anular os esforços de redução da fila de espera de segurados, o governo federal decidiu endurecer com o movimento.

Para por fim a greve, o governo  Lula acionou a Justiça para pedir a suspensão da greve em nível nacional. O órgão também vai cortar o ponto dos grevistas, descontando do salário os dias de paralisação.

O diagnóstico de que o movimento cresceu nos últimos dias acendeu uma luz amarela dentro do governo.

Por isso mesmo, o governo acionou a AGU (Advocacia-Geral da União) protocolou uma ação judicial junto  ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), sob o argumento de que os servidores do INSS não podem paralisar a prestação de um serviço essencial à sociedade.

Representantes da categoria, por sua vez, reivindicam o cumprimento de acordos anteriores e melhorias salariais. “A greve é para causar impacto, mesmo. Pressionar o governo a atender o mais rápido possível a reivindicação dos servidores”, diz a diretora da Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), Viviane Peres.

Segundo a entidade, mais de 400 agências do INSS, situadas em 23 estados e no Distrito Federal, estão fechadas ou funcionando de modo parcial.

Servidores em regime de teletrabalho também aderiram ao movimento. O SINSSP-BR (Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo), que atua na greve em âmbito nacional, estima que cerca de 40% das tarefas dos servidores em teletrabalho foram afetadas pela paralisação.

A greve foi deflagrada neste mês e tem tido impacto crescente nos atendimentos presenciais e também na análise de requerimentos.