O Departamento de Identificação Humana do Instituto Médico Legal Estácio de Lima confirmou, na manhã dessa terça-feira hoje (14), que o corpo encontrando sem documentos no último domingo, em Maceió, foi identificado oficialmente. O cadáver é do jovem Robson Francisco da Silva, de 21 anos, que estava desaparecido há cinco dias.
A vítima foi identificada por meio do exame de necropapiloscopia, realizado pelo papiloscopista Rogério Correia. Ele explicou que nesse tipo de exame são utilizados instrumentos, pós e tintas especiais para coleta papiloscópica em cadáveres, cujo resultado é comparado com os dados da possível vítima, existentes no Sistema de Identificação Biométrica Automatizada (Abis) do Instituto de Identificação de Alagoas.
“A comparação papiloscópica realizada durante o exame deu positiva, permitindo a elaboração do laudo confirmando a identidade oficial da vítima. Dentro do protocolo de identificação humana, essa etapa é de extrema importância para que sejam adotadas as providências legais para liberação do corpo”, explicou o papiloscopista.
Avelar de Holanda, perito médico legista responsável pelo exame no cadáver de Robson Francisco, explicou que mesmo o corpo apresentando estado avançado de decomposição, foi possível confirmar a causa da morte. Segundo o perito, o entregador de comida foi morto por disparos de arma de fogo.
“Na necropsia foram encontradas lesões de arma de grosso calibre e bucha de espingarda na região da cabeça e dois ferimentos na região do tórax, provocados por uma arma de menor calibre. Ou seja, ele foi atingido por dois tipos de armas, mas, a que provocou o óbito foi o disparo na face”, afirmou o perito.
O corpo de Robson foi encontrado sem nenhuma documentação, em estado avançado de decomposição, em uma área no bairro de Ipioca conhecida como Mata da Gilda. Familiares que estiveram no IML de Maceió para iniciar o protocolo de identificação explicaram que ele teria desaparecido no dia 9 de novembro, após sair para fazer uma entrega de um almoço para uma cliente.