Paulo César dos Santos da Silva teve sua liberdade concedida pela juiz Carlos Henrique Pita Duarte, da 3ª Vara Criminal da Capital. Ele estava preso há 8 meses após ter mordido e arrancado parte do rosto de uma turista paraguaia, durante um assalto no bairro de Cruz das Almas, em Maceió.
Condenado há quatro anos e nove meses de reclusão, ele recebeu do juiz o direito de recorrer a decisão em liberdade por já estar preso desde que fora preso em flagrante.
“Concedo o direito do réu condenado Paulo César do Santos da Silva de recorrer em liberdade, uma vez que foi condenado a uma pena a ser inicialmente cumprida no regime aberto, e que com a detração já faz jus a liberdade, portanto, com base no art, 316, do CPP, revogo sua prisão preventiva e determino a imediata expedição de alvará de soltura em nome do réu, salvo se por outro motivo não estiver preso, devendo ser cumprido em conjunto com o mandado de intimação de sentença. Sem custas para o réu, tendo em vista que foi assistido pela Defensoria Pública”.
O juiz Carlos Duarte havia fixado a pena base em 4 anos e 9 meses de reclusão, além de multa no valor de R$ 792. Mas, como Paulo César confessou o crime e tem menos de 21 anos, a pena foi diminuída.
Ataque cruel
Uma turista do Paraguai precisou de 14 pontos no rosto após ser assaltada, pois mesmo sem ter reagido, o criminoso a mordeu e arrancou parte de seu rosto,
“Não tive tempo de reagir, ele veio já dizendo que é um assalto e me mordeu na cara”, esclareceu a vitima depois de relatos iniciais afirmarem que ela teria reagido.
A vítima foi surpreendida pelo criminoso na Rua Marechal Mascarenhas de Moraes. Desarmado, ele desceu da bicicleta que estava e a atacou com uma mordida, lesionando parte de sua face.
“Eu sou do Paraguai, vim passar férias com minha família acreditando que Maceió é uma cidade segura e destruíram minha cara. Ele mordeu meu rosto me deixando com 14 pontos e um trauma por toda a vida. Não resisti. Ele já veio me agredindo. Pegou meu celular e saiu correndo. Antes de chegar onde estava a bicicleta dele, jogou meu celular em mim de novo”.
Testemunha do assalto, Paulo Vitor, que mora na região, estava na orla quando viu o ataque. “Ele anunciou o assalto e já foi mordendo. Em nenhum momento ela reagiu”, afirma Victor, que socorreu a turista desesperada com a agressão.
Foi Paulo Vitor que acompanhou a jovem até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), antes de precisarem ir ao Hospital Geral do Estado (HGE) por causa da gravidade dos ferimentos.
Segundo o morador da região, falta segurança no local e vários assaltos são registrados em Cruz das Almas. De qualquer forma, a jovem turista agradece imensamente o morador, em relato nas suas redes sociais.
“Ele que me ajudou e me acompanhou em todos os momentos sem me conhecer. Você foi um anjo que Deus enviou para que eu não ficasse sozinha naquele triste momento. Você sempre estará em minhas orações e de minha família”.
