O senador Randolfe Rodrigues (Rede) fará uma petição ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que o caso de pagamentos com uso de dinheiro vivo da família Bolsonaro seja investigado pelas autoridades competentes.
Isso após a notícia de que quase metade do patrimônio em imóveis do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) e de seus familiares mais próximos foi construída nas últimas três décadas com uso de dinheiro em espécie.
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Desde os anos 1990 até os dias atuais, o presidente, irmãos e filhos negociaram 107 imóveis, dos quais pelo menos 51 foram adquiridos total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo, segundo declaração dos próprios integrantes do clã.
“Com o salário legal que a gente recebe não é possível [enriquecer na política]. Estou há 10 anos em Brasília e não moro em mansão, moro no mesmo apartamento funcional e não comprei mansão. Não tenho carros de R$ 1 milhão, de R$ 500 mil, não tenho patrimônio dessa natureza. Creio eu que um salário de senador da República, que não é ruim, mais de R$ 22 mil, é incapaz desse tipo de fácil enriquecimento na política, é impossível”. Randolfe Rodrigues.
O parlamentar também chamou as movimentações financeiras de “atípicas” e criticou a possível falta de atuação de órgãos fiscalizadores, como o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
“Só enriquece na política e constrói esse patrimônio quem está roubando. (…) Estou convencido que teve ladroagem e roubo de alguma forma”, continuou Randolfe. Logo após ao programa, o parlamentar protocolou o pedido no STF.