De olho nos recursos do Orçamento da União, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP) disse na reabertura dos trabalhos no Congresso que “não fomos eleitos para sermos carimbadores”.
E se conduziu no plano que diz para bom entendedor, meia palavra basta:
-O orçamento é de todos os brasileiros e brasileiras, não é e nem pode ser de autoria exclusiva do Poder Executivo e muito menos de uma burocracia técnica que, apesar do seu preparo, não foi eleita para escolher as prioridades da nação e não gasta a sola do sapato percorrendo os pequenos municípios brasileiros como nós, parlamentares. -Recado dado ao governo, após o veto de R$ 5,6 bi de emendas do antigo orçamento secreto.
Segundo o jornalista Ricardo Noblat, do Metrópoles, o deputado Arthur Lira “quer governar o País de camarote”. Noblat vai mais além quando afirma: – Faminto por dinheiro para gastar como quiser tenta encurralar o governo de um presidente da República recém-empossado que sente-se obrigado a entregar aos brasileiros a maioria das coisas que prometeu durante a campanha.
Enfim, essa estratégia dos congressistas ligados ao chamado Centrão se viu de forma açodada nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro. Eles não governaram. Pagaram para se manter no poder.
Exatamente por isso, outro nome nacional do jornalismo, o ex-apresentador da Globo, Chico Pinheiro disse no antigo Twitter que “o Coronel das Alagoas quer mandar no Brasil”, referindo-se a Arthur Lira.
E Pinheiro ainda foi mais duro quando disse que o objetivo é “tumultuar, chantagear e sabotar políticas públicas” do governo do presidente Lula, democraticamente eleito.
Já o jornal o Globo, em Manchete, diz que Lira faz discurso mais duro contra o governo do que nos tempos de Bolsonaro.
Pelo jeito, o último ano de Arthur Lira na presidência da Câmara será de muito barulho.