5 de julho de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Manifestações contra Bolsonaro pelo País fortalecem frente ampla pela democracia

Manifestantes ganharam as ruas do País pregando liberdade, cidadania e democracia no Brasil

As manifestações contra o governo, em defesa da democracia e contra o racismo no mundo marcaram o domingo, 8.

A formação de uma frente ampla em defesa da democracia com a participação de diversos partidos ganhou um novo peso no País, com as manifestações deste dmoingo, 7, contra o presidente Jair Bolsonaro.

As manifestações em todo o País surgiram como um alerta contra a ruptura institucional pregada por Bolsonaro e seus filhos que controlam o governo brasileiro.

Com o apoio de radicais tresloucados eles pregam fechamento do Congresso, instituição do AI-5 e deposição dos ministros do Supremo Tribunal Federal, além de um golpe militar.

Mas, pela segunda semana consecutiva, e às vésperas de dias cruciais para o governo no Judiciário, os bolsonaristas viram movimentos contrários ao governo tomarem forma, mesmo sem a participação de partidos de oposição, que, por causa da pandemia causada pelo novo coronavírus, decidiram ficar fora das manifestações.

Os partidários do presidente também foram às ruas pelo oitavo domingo seguido, mesmo diante dos apelos do próprio Bolsonaro para que não fizessem qualquer ato nesse fim de semana, a fim de evitar confronto com os oposicionistas –– aos quais chamou de desocupados, maconheiros, vagabundos que “nos ameaçam”.

Pelo que se percebe, a divisão das ruas brasileiras com grupos a favor da democracia e contra o atual governo está apenas começando.

Além da defesa da democracia, as manifestações foram reforçadas pelos movimentos antirracistas que tomam conta do mundo depois do assassinato do negro George Floyd, em Minneapolis, nos Estados Unidos.

Esta semana o governo passará por testes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Supremo Tribunal Federal (STF). No primeiro, começa o julgamento da chapa Jair Bolsonaro-Hamilton Mourão por abuso de poder na eleição de 2018. Diante da tendência da Corte de rejeitar o pedido de cassação da chapa, as atenções estarão no STF, onde os ministros devem decidir pelo prosseguimento do inquérito das fake news, aberto pelo próprio Supremo.

É esse inquérito, que tem deputados bolsonaristas entre os alvos, que levou o presidente da República a escrever uma mensagem a Sergio Moro, em abril, dizendo que era “mais um motivo para a troca” do então diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. O então ministro da Justiça, hoje, engrossa as fileiras de uma nova frente oposicionista e, no final de semana, flertou com a frente ampla em defesa da democracia.