Ao final da sessão ordinária desta quarta-feira, 9, o deputado Ronaldo Medeiros (PT) criticou a Prefeitura de Maceió pela retirada de câmeras de videomonitoramento instaladas em totens, uma iniciativa da Secretaria de Segurança Pública do Governo do Estado. “É inacreditável um gestor municipal atrapalhar, recusar serviços ou obras que vão beneficiar a população”, iniciou o parlamentar em sua fala, indagando sobre as “questões pequenas e por picuinhas” levantadas pelo município.
Para ele, o equipamento oferece mais segurança ao turista e à população como um todo, resultando em mais qualidade de vida, mas isso está sendo impedido pele Prefeitura da Capital. “O prefeito de Maceió já recusou creches. É parte de uma sociedade que parece estar anestesiada, que não sente essas decisões maléficas, não pensa no coletivo”, seguiu Ronaldo Medeiros em suas críticas.
Os totens de videomonitoramento estão programados para serem instalados em locais estratégicos, possuindo câmeras de alta precisão, além de mecanismos para que o cidadão com problemas possa acionar a polícia. “Você vai, aperta ali e online consegue falar, pedir socorro ou fazer denúncia. Mas aí Prefeitura proíbe suas instalações, tomando atitudes infantis e loucas. Creio eu que essa demanda vai parar na Justiça”, lamentou o deputado.
O deputado Inácio Loiola (MDB) enalteceu a ação da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas, comandada pelo secretário Flávio Saraiva, assim como pelo delegado geral Gustavo Xavier. “São dois exemplos de trabalho de segurança que servem como modelo para o Brasil, com índices de criminalidade que seguem caindo. Também não posso deixar de elogiar o trabalho brilhante do comandante da nossa gloriosa Polícia Militar, o coronel Paulo Amorim”, disse o deputado.
Já Doutor Wanderley (MBD) seguiu com as críticas à Prefeitura de Maceió. “O prefeito deve ser mais orientado. Essa é a forma moderna das grandes cidades do mundo para fazer segurança. Não é mais colocar gente na rua, é colocar um aparelho de policiamento. É a inteligência e o monitoramento que inibem a criminalidade. Quando você tem um instrumento desses, vai afastar os criminosos; se eles cometerem delito, rapidamente a polícia consegue alcançá-los”, explica o deputado. Para Doutor Wanderley, o prefeito “deve ter sido mal orientado pela assessoria dele”, acreditando que JHC vai reconsiderar as retiradas.
Por outro lado, Cabo Bebeto (PL) disse que a Prefeitura teria notificado o Governo do Estado pela instalação inadequada. “Há regramento para isso. Se o cidadão quiser fazer algo, precisa de autorização. O Estado se quiser fazer algo, tem que ter autorização; uma empresa se quiser fazer algo, tem que ter autorização. E os totens não respeitaram o que a legislação municipal exige”, encerrou.