O Ministério da Saúde solicitou na tarde desta sexta a entrega imediata de todas as seis milhões de doses da vacina Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo.
O ofício foi encaminhado pela pasta a Dimas Covas, diretor do Butantan. Como resposta, o governo de São Paulo vai recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) da mesma forma que fez no caso das seringas.
O diretor do Departamento de Logística em Saúde, Roberto Ferreira Dias, solicita a disponibilização das 6 milhões de doses importadas e que foram objeto do pedido de autorização de uso emergencial perante a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O Brasil esperava receber ao menos dois milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford da Índia para o início imediato do Plano Nacional de Imunização já na próxima quarta-feira (20), mas as tentativas foram frustradas: a Índia informou que não pode atender a demanda brasileira pelo menos por enquanto.
O argumento principal é de que a Índia iniciará amanhã a sua própria campanha de vacinação contra a doença causada pelo novo coronavírus. O país conta com a vacina para imunizar sua população porque aprovou o seu uso emergencial no primeiro dia do ano.
Na semana passada, o ministro Ricardo Lewandowski já havia deferido medida cautelar impedindo que o governo federal requisitasse seringas e agulhas compradas pelo governo Doria, destinadas à execução do plano estadual de imunização de São Paulo.
Ao lado de Bolsonaro, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, destacou ontem à noite a importância da vacina Coronavac.