Na noite desta quinta-feira, 14, a Procuradoria Regional Eleitoral no Paraná pediu ao Tribunal Regional Eleitoral do estado o acolhimento de uma ação contra o senador Sergio Moro (União-PR), com a cassação do mandato do ex-juiz por abuso de poder econômico.
Diante disso, o caso deve ir a julgamento na corte paranaense no início do próximo ano. Moro foi denunciado à justiça eleitoral por uso abusivo de dinheiro na campanha eleitoral e não ter comprovado os débitos, que ultrapassaram os limites impostos pela legislação eleitoral.
No processo, é relatado o valor de R$ 2.030.228,09 pelo Podemos e o União Brasil, representando 39,78% do total de despesas contratadas pela própria campanha eleitoral e 110,77% da média de gastos em campanha eleitoral dos candidatos ao Legislativo.
O pedido de cassação do ex-juiz e senador da República é assinado pelos pelos procuradores regionais eleitorais Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado. Segundo ele, a “lisura e a legitimidade do pleito foram inegavelmente comprometidas pelo emprego excessivo de recursos financeiros no período que antecedeu o da campanha eleitoral”.
O advogado de defesa de Moro, Gustavo Guedes, afirmou, entretanto, que respeita, mas discorda do parecer do MP Eleitoral. Na visão dele, as despesas seriam justificáveis.
Guedes defende que há uma falha no processo “na medida em que considerou gastos fora do Paraná e aqueles indiferentes eleitorais como despesas pré-eleitorais”.
O parecer