A Procuradoria Geral da República (PGR) encontrou indícios de decisões fraudulentas do ex-juiz Sérgio Moro, quando atuou na Operação na Lava Jato, e determinou a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal.
Com isso, o atual senador passa de ex-juiz a réu no STF por envolvimento direto em fraude em uma delação premiada.
A fraude envolve o empresário de Curitiba e ex-deputado estadual Antônio Celso Garcia, conhecido como Tony Garcia, que diz ter sido obrigado a gravar pessoas de forma ilegal, a pedido de procuradores e de Moro, após firmar acordo de colaboração premiada em 2004.
As supostas ilegalidades, segundo Garcia, foram informadas à juíza federal Gabriela Hardt em 2021. Em novembro de 2022, a magistrada rescindiu o antigo acordo de delação, atendendo a um pedido do MPF (Ministério Público Federal) de 2018. A defesa do empresário ainda recorre da decisão.
Além de Moro, Polícia Federal pediu ao Supremo que sejam investigados a esposa de Moro, a deputada federal Rosângela Moro, e procuradores e ex-procuradores da República que atuaram na Lava Jato, como Deltan Dallagnol.