26 de julho de 2024Informação, independência e credibilidade
Maceió

Nota conjunta: Colapso da mina pode afetar área de 78 metros de diametro

Deslocamento vertical da mina foi de 5,2cm nas últimas 24h

Foto: Thiago Sampaio / Agência Alagoas

Uma nota conjunta, expedida nesta quinta-feira (7), pelas coordenações de Defesa Civil Municipal, Estadual e Nacional, conclui que o risco de colapso de afundamento do solo no bairro do Mutange, em Maceió, atinge, restritamente, uma área com diâmetro aproximado de 78 metros, correspondente a três vezes o raio da mina 18.

A análise feita por técnicos dos três órgãos mostra que o evento geológico crítico não afeta outras áreas do município além desta que foi delineada.

Fazendo um comparativo, o trecho em que o colapso é iminente equivaleria ao tamanho de uma piscina olímpica e meia, compreendendo o local onde funcionava o antigo campo de treinamento do CSA, e parte da Lagoa Mundaú, beirando a Avenida Major Cícero de Góes Monteiro.

No entorno da mina 18, em zona aterrada, ficou constatada a ocorrência de fissuras com padrão circular. O problema foi detectado a partir de imagens aéreas feitas por drones e está dentro da projeção de três vezes do raio da cavidade, mantida pela Braskem. A Defesa Civil denominou o trecho de “Área de Colapso da Mina 18”.

Confira a nota da Defesa Civil Municipal:

A Defesa Civil de Maceió informa que o deslocamento vertical acumulado da mina n° 18 é de 2,02m e a velocidade vertical é de 0,21cm por hora, apresentando um movimento de 5,2cm nas últimas 24h.

O órgão permanece em ALERTA devido ao risco de colapso da mina nº 18, que está na região do antigo campo do CSA, no Mutange.

Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo.

A equipe de análise da Defesa Civil ressalta que essas informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas.

Ao redor do ponto mais crítico, os técnicos estabeleceram uma área de segurança, que foi completamente evacuada, apesar de não se ter observado indício de trincas, fissuras ou rachaduras.

Pelo prognóstico dos órgãos de Defesa Civil, o comportamento do solo pode resultar em eventos distintos na região. Uma delas seria a provável ocorrência de dolinamento (depressão circular) da mina 18. A segunda possibilidade seria de a mina se autopreencher ou estabilizar em uma camada mais rasa.

A conclusão é de que estas hipóteses são compatíveis com a deformação e danos até agora registrados no entorno do afundamento da região. A área de segurança e as demais que são margeadas a esta continuam sendo monitoradas diuturnamente pelas equipes de Defesa Civil. Quaisquer eventos anormais, se ocorridos além da área com provável colapso, serão detectados de forma imediata para que sejam colocadas em prática ações adicionais de contingência.

A tecnologia usada no local constata diminuição na velocidade de afundamento do solo e, no momento, é unânime entre os técnicos de que há uma clara tendência de manter-se constante, configurando um cenário de estabilidade.