A flagrante história do trabalho escravo nas fazendas de vinhedos do sul, ao que parece sensibilizou muito pouca gente.
Essa é quase uma prática corriqueira no País, após o abandono da fiscalização contra os abusos de empresas desonestas. E também depois do aprovado desmonte da legislação trabalhista que protegia os direitos dos trabalhadores.
Aliás, o desmonte foi aprovado pelo parlamento brasileiro, de mulheres e homens ditos “probos” e “de bem”.
Ainda há os que se dizem defensores da “pátria, de Deus e da família”, como se assim estivessem com passe livre para o céu. Se bem que os interesses das próprias famílias sempre defendem.
E enquanto a maioria dos trabalhadores brasileiros sofrem as consequências de árduas jornadas de trabalho, sem privilégios, nossos senadores da República fazem um acordo para uma jornada de trabalho em plenário de apenas 3 dias por semana e durante 3 semanas de cada mês.
Não importa quem esteja sendo escravizado, com salários aviltados ou vivendo na miséria. Desde que ninguém mexa nos privilégios dos nossos senadores.
Sim, por que o privilégio estabelecido para vigorar como uma regalia a mais aos nobres parlamentares foi fruto de acordo de lideranças.
E na formatação desse acordo não se ouviu uma única voz contra de bolsonarista, petista, fortão do centrão, da bala, do agro, da bíblia, nem do inferno.
Vale destacar que a partir do próximo mês, cada senador estará embolsando mensalmente a pequena bagatela de R$ 41,6 mil pelo trabalho de 3 dias por semana.
E cá para nós alagoanos da gema: Como incomoda o silêncio dos de cá.