A rede social Partler, dita como o “Twitter dos conservadores, caiu. Apenas um dia após a Amazon exigir que a empresa realizasse a moderação das mensagens que incitam violência e o mesmo não ser cumprido, ela saiu do ar.
Após a invasão do Congresso por parte de extremistas e neonazistas apoiadores de Donal Trump, que mente sobre ter sido roubado nas eleições americanas, e o presidente dos EUA ter sido banido Twitter e outras redes sociais, o Parler se tornaria o local para encontro destes grupos.
Ou seja: para os que criticavam a “pouca liberdade” no Twitter e faziam questão de usar de discurso de ódio e violência em suas articulações, o Parler seria o antro das reuniões de racismo, xenofobia e articulação destes ideais.
O exemplo perfeito de que o excesso de liberdade pode ser danoso. Por sorte, não durou muito tempo e só quase custou uma ameaça de golpe nos EUA e ascensão da extrema-direita em todo o mundo.
Nos últimos dias, foram divulgadas no Parler mensagens de apoio aos invasores do Congresso dos EUA, além da convocação de novos protestos, até que em uma carta enviada à rede social, a Amazon justificou a decisão, devido ao aumento de “conteúdos violentos”.
A Amazon segue os passos do Google e da Apple, que removeram a Parler de suas plataformas de download. John Matze, fundador do Parler, acusou os gigantes da tecnologia de estarem em uma guerra contra a liberdade de expressão.
Criado em 2018, o Parler começou como um espaço usado principalmente por extremistas. Depois, passou a atrair conservadores mais tradicionais, incluindo congressistas republicanos. O chanceler brasileiro Ernesto Araújo e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também usavam o Parler.