Uma pesquisa conduzida pelo Instituto Fome Zero (IFZ) revelou uma queda significativa no número de brasileiros em situação de fome.
De acordo com o estudo, encomendado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social e Combate a Fome, em 2022 os dados indicavam que mais de 33 milhões pessoas estavam em situação de fome no Brasil. Em 2023, diz a pesquisa caiu para 20 milhões, com a saída 13 milhões de pessoas da linha da pobreza extrema.
O estudo foi divulgado nessa segunda-feira, 11, e se baseou na análise de dados da Pesquisa de Orçamento Familiar e da PNAD Contínua e do IBGE.
Diz ainda a pesquisa que deve se fazer r uma ressalva, a estimativa analisada. Trata-se de uma análise preliminar “e deve ser interpretada como uma análise de cenário de como está a situação geral da insegurança alimentar e nutricional no Brasil e de seus indicadores macroeconômicos”.
O diretor do Instituto Fome Zero, José Graziano, medidas como aumento do valor do salário mínimo, além de repasses do programa Bolsa Família, “bem como a redução da inflação dos alimentos”, foram importantes na redução de 13 milhões de pessoas em situação de fome no Brasil, “embora ainda haja um longo caminho pela frente”, diz.
O estudo ainda ressaltou o impacto positivo dos programas de transferência de renda e do aumento real do salário mínimo, que contribuíram para o aumento do poder de compra da população mais vulnerável. A pesquisa dividiu a Insegurança Alimentar em dois tipos:
- Insegurança Alimentar Moderada: O indivíduo não faz três refeições diárias ou não se alimenta o suficiente para ter uma vida saudável.
- Insegurança Alimentar Grave: O indivíduo fica um dia ou mais sem comer, no que se traduz como passar fome.
Ao analisar o Índice de Miséria, que combina indicadores de desemprego e inflação para medir a exposição da população carente à insegurança alimentar, mostrou-se que, após um período de crescimento entre 2019 e 2021 – de 15,40% a 21,20% –, o índice apresentou uma queda significativa em 2023, chegando a 12,4%.
Em 2018, quatro anos após deixar o Mapa da Fome, os índices de insegurança alimentar voltaram a subir no Brasil. Com a crise sanitária instaurada pela Covid-19 em 2020, houve a deterioração acentuada dos rendimentos dos mais pobres.
Em 2022, o país somava 33 milhões de brasileiros que não tinham o que comer por um dia ou mais, segundo estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (PENSSAN).
Com Agência Brasil