4 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
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Preços abusivos de planos de saúde estão sem controle e vão piorar

Pesquisa da USP mostra que o número de queixas já é maior que o universo de pessoas com planos.

O brasileiro usuário de Plano de Saúde já percebeu – e faz é tempo – que o mercado do setor vai se alterando e muito para pior. Os preços estão cada vez mais abusivos, com a total conivência dos órgãos reguladores.

E a pergunta cabe: Para que serve mesmo a Agência Nacional de Saúde (ANS), responsável pelo controle dos planos?

Responder não é difícil por que não faz nada mesmo.

Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da USP revela o crescimento alarmante das ações judiciais contra planos de saúde no País inteiro. Mas, nem isso tem diminuído a sangria desatada das operadoras contra o bolso e a saúde das pessoas que deveriam ser beneficiadas pelos planos.

De acordo com a pesquisa, a proporção de ações propostas contra planos de saúde a cada 10 mil usuários passou de 4,18 para 12,73 entre 2011 e 2018. As queixas cresceram num ritmo muito mais alto do que o universo de pessoas com planos.

Em tempo: Em 2011 os planos tinham 50 milhões de usuários. Agora têm 47 milhões.

A situação está fora de controle e o  atendimento nos hospitais próprios ou conveniados é da cada vez pior. Todos sabem. Uma rápida passadinha na emergência da Unimed Maceió dará ao usuário e às autoridades uma pequena dimensão do abuso para com quem precisa de atendimento.

Apesar disso, os planos em geral, fazem do aumento abusivo de preços uma regra incontrolável. Neste 2019, o reajuste médio foi de 14,74%. Muito além  da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período, que foi de 4,66%.

Hoje há família com 6 pessoas pagando mais de R$ 10 mil com plano de saúde. É um baque no orçamento familiar que vai desestruturando tudo.

E quer saber? A omissão é geral. Inclusive da justiça.

Portanto, a tendência é piorar.