O brasileiro usuário de Plano de Saúde já percebeu – e faz é tempo – que o mercado do setor vai se alterando e muito para pior. Os preços estão cada vez mais abusivos, com a total conivência dos órgãos reguladores.
E a pergunta cabe: Para que serve mesmo a Agência Nacional de Saúde (ANS), responsável pelo controle dos planos?
Responder não é difícil por que não faz nada mesmo.
Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da USP revela o crescimento alarmante das ações judiciais contra planos de saúde no País inteiro. Mas, nem isso tem diminuído a sangria desatada das operadoras contra o bolso e a saúde das pessoas que deveriam ser beneficiadas pelos planos.
De acordo com a pesquisa, a proporção de ações propostas contra planos de saúde a cada 10 mil usuários passou de 4,18 para 12,73 entre 2011 e 2018. As queixas cresceram num ritmo muito mais alto do que o universo de pessoas com planos.
Em tempo: Em 2011 os planos tinham 50 milhões de usuários. Agora têm 47 milhões.
A situação está fora de controle e o atendimento nos hospitais próprios ou conveniados é da cada vez pior. Todos sabem. Uma rápida passadinha na emergência da Unimed Maceió dará ao usuário e às autoridades uma pequena dimensão do abuso para com quem precisa de atendimento.
Apesar disso, os planos em geral, fazem do aumento abusivo de preços uma regra incontrolável. Neste 2019, o reajuste médio foi de 14,74%. Muito além da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período, que foi de 4,66%.
Hoje há família com 6 pessoas pagando mais de R$ 10 mil com plano de saúde. É um baque no orçamento familiar que vai desestruturando tudo.
E quer saber? A omissão é geral. Inclusive da justiça.
Portanto, a tendência é piorar.