Liberado da cadeia, o prefeito de Campo Grande, Arnaldo Higino Lessa, já causou nesta terça-feira, 26, a maior revolta na cidade, principalmente entre os servidores públicos
Depois de uma assembleia geral realizada em um dos prédios da Prefeitura, os servidores decidiram paralisar as atividades por tempo indeterminado.
O movimento é pela reivindicação do décimo terceiro salário, cujo
pagamento foi suspenso por Arnaldo Higino, tão logo deixou a cadeia por decisão da justiça.
O prefeito estava preso em Maceió, no presídio Baldomero Cavalcante, após ter sido flagrado recebendo propina de uma firma terceirizada do município.
A prisão em flagrante delito do prefeito foi comandada pelo Procurador Geral de Justiça de Alagoas, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, com o apoio do Gecoc e do Gaesf.
Arnaldo Higino Lessa vinha sendo investigado pelo gabinete da chefia do Ministério Público há algum tempo, depois que o MPE/AL começou a apurar denúncia de que ele estaria recebendo propina de contratos da Prefeitura.
A prisão ocorreu no momento que Arnaldo Higino estava pegando dinheiro de uma empresa que vende mercadoria para administração dele. De acordo com o MP, o prejuízo aos cofres públicos do município chega a R$ 500 mil.
Impeachment – O ato de corrupção explícita do prefeito será analisado pela Câmara Municipal. Segundo o presidente do legislativo, vereador Anderson Vera Cruz, cinco vereadores de oposição decidiram instalar uma comissão processante para, com base nas investigações do Ministério Público Estadual, instaurar o processo de cassação de Arnaldo Higino.