6 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Renan Calheiros diz que Pazuello não precisa se autoincriminar, mas pode acusar terceiros

Para o senador, a decisão de Lewandowski não atrapalha a investigação da CPI

Renan Calheiros: Sobre Pazuello outros falarão na CPI

Senadores que integram a CPI do Genocídio minimizaram nesta sexta-feira, 14, a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), que garante que o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, pode ficar em silêncio caso seja questionado por perguntas que possam autoincriminá-lo.

“A decisão do ministro Lewandowski não atrapalha a investigação. Ela garante ao depoente que não se autoincrimine. E não é isso que queremos com Pazuello. Interrogatório bom não busca confissões. Quer acusações sobre terceiros. Com relação a ele, outros falarão”, disse o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão, no Twitter.

O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigures (Rede-AP), disse que recebeu com serenidade a decisão. “O senhor Eduardo Pazuello, lamentavelmente, se esconde atrás de um habeas corpus. Ele tenha a certeza de que não será somente o seu depoimento o meio em que buscaremos para obter a verdade. É a mínima satisfação que podemos dar às mais de 420 mil famílias brasileiras pelo coronavírus”, afirmou em vídeo divulgado nas redes.

O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), lamentou. “É uma pena. O Supremo que ordenou que o Senado abrisse a CPI é o mesmo que tira a oportunidade de um ex-Ministro da Saúde esclarecer os fatos. E justamente o que mais tempo ficou no Ministério da Saúde durante a pandemia, que poderia ter ordenado a compra de vacinas”, escreveu em seu Twitter.