7 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Renan parte para o ataque a Lorenzoni e Flávio Bolsonaro

Senador chamou o ministro da casa civil de “Lorenzetti”, que é uma marca de chuveiro

Renan: mais um processo arquivado

O senador alagoano Renan Calheiros (MDB) voltou a ser notícia nacional, agora em ataque ao ministro chefe da Casa Civil, Ônix Lorenzoni, e ao senador Flávio Bolsonaro (PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro, que é investigado por corrupção pela Ministério Público do Rio de Janeiro.

Após  Onyx Lorenzoni, dizer que tem “confiança”em Flávio Bolsonaro (PSL),  Calheiros (MDB-AL) ironizou a declaração em seu perfil no Twitter nesta terça-feira, 14.

Onyx negou que a investigação da Justiça sobre o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro afete o governo federal.

“Primeiro, isso foi no âmbito da Justiça do Rio de Janeiro. Eu acho que é uma questão que tem de ser resolvida dentro do processo que está em aberto. O governo tem uma agenda que está dada para o Brasil. Nós temos total tranquilidade e temos confiança no Flávio e, certeza, de que o governo está conduzindo o trabalho”, disse o ministro.

Renan Calheiros afirmou que “até agora o que existe de mais grave contra Flávio Bolsonaro é a declaração de ‘confiança’ de Onyx Lorenzetti”.

“Trata-se de um réu confesso na utilização de caixa 2 e lavagem de dinheiro”, afirmou.

Quebrou sigilo – Na segunda-feira, 13, a justiça do Rio Janeiro determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e do ex-assessor dele Fabrício Queiroz. A decisão atendeu a pedido do MP-RJ.

A quebra do sigilo bancário autorizada abrange o período de janeiro de 2007 a dezembro 2018. O sigilo fiscal será de 2008 a 2018.

A investigação de Flávio Bolsonaro iniciou no Núcleo de Combate à Corrupção da Procuradoria da República no Rio de Janeiro, determinada pela procuradora regional da República Maria Helena de Paula, quando era coordenadora criminal do MP-RJ. Foi aberta com base em movimentações financeiras do filho do presidente.

Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz estão envolvidos em uma esquema de desvio de dinheiro público dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. No esquema, segundo as investigações, participaram inclusive milicianos acusados de vários assassinatos nas favelas do Rio, inclusive acusados de terem participado do assassinato da vereador Marielle Franco.