5 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Personalidades

Ronaldinho Gaúcho e Assis são soltos após 5 meses de prisão no Paraguai

Amtes da prisão, Ronaldinho havia sido nomeado embaixador do turismo brasileiro

Ronaldinho Gaúcho e o irmão, Assis, são liberados da prisão paraguaia

A Justiça do Paraguai liberou da prisão o ex-craque Ronaldinho Gaúcho e o irmão dele, Roberto de Assis. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (24) pelo juiz Gustavo Amarilla, em audiência preliminar, em Assunção. Os dois estavam detidos preventivamente há mais de cinco meses após entrarem no país com documentos paraguaios adulterados.

Ronaldinho foi condenado a pagar R$ 40 mil de multa. Já Assis foi condenado a dois anos de prisão que terá que ser cumprido no Brasil, terá que pagar multa de R$ 600 mil em insumos a ser destinado ao Ministério de Justiça para a luta contra a Covid-19, manter residência fixa no Rio Janeiro e manter número de celular para receber notificações da Justiça Paraguaia.

Além disso, os irmãos terão que comparecer, a cada quatro meses, perante a um representante da Justiça paraguaia no Brasil.

Ronaldinho Gaúcho e Assis são acusados de usarem passaportes falsos para entrar no Paraguai. Os dois foram presos em 6 de março e ficaram por cerca de um mês em um presídio de segurança máxima no país. Em abril, a Justiça do Paraguai aceitou a transferência para prisão domiciliar, em um hotel de Assunção, após fiança de US$ 1,6 milhão (o equivalente a cerca de R$ 8,5 milhões).

No último dia 7, os promotores pediram ao juiz a suspensão condicional do procedimento para que o ídolo do Barcelona e seu irmão possam retornar ao seu país. Com a audiência preliminar “termina basicamente uma das etapas do processo… é onde se analisa o requerimento conclusivo do Ministério Público e se cede a palavra à defesa”, explicou o juiz Gustavo Amarilla à rádio paraguaia Primero de Marzo.

Os promotores investigavam ainda suposta participação de Ronaldinho Gaúcho e o irmão em uma organização criminosa especializada em falsificação de documentos e lavagem de dinheiro no país sul-americano. Desde o início das investigações, a defesa dos ex-atletas brasileiros alega que os dois foram enganados e não sabiam que os passaportes tinham sido adulterados.

Escândalo

O caso envolvendo o ex-jogador brasileiro virou um escândalo no Paraguai e atingiu vários funcionários da Diretoria de Migração e do Departamento de Identificação, que emitem passaportes e cartões de identidade, além de fiscais do Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção. Dezoito pessoas foram detidas por envolvimento no caso.

Em março, a Justiça havia determinado que Ronaldinho Gaúcho e o irmão precisavam permanecer detidos durante a investigação. O inquérito poderia durar até seis meses para ser concluído, de acordo com as leis paraguaias.

Antes da prisão, Ronaldinho Gaúcho havia sido nomeado embaixador do turismo brasileiro. Por isso mesmo, o então ministro da Justiça Sérgio Moro havia tentado a liberação dele junto ao governo paraguaio, mas não foi atendido