O governador em exercício, Ronaldo Lessa, representou Alagoas, nesta segunda-feira (8), no ato institucional “Democracia Inabalada”, em Brasília, que marcou um ano da depredação do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) por vândalos e golpistas inconformados com a vitória do presidente Lula.
Cerca de 500 convidados, entre governadores, ministros, parlamentares e representantes da sociedade civil e do Poder Judiciário, participaram do evento.
Lula afirmou que a democracia brasileira foi salva, e que a defesa da Carta Magna é dever de todas e de todos. Ele também lembrou dos momentos de tensão vividos há um ano, quando terroristas guiados pelo ódio e pela desinformação invadiram as sedes dos Três Poderes, exibindo o desprezo pela democracia que levou anos para ser construída pelo povo brasileiro.
Lessa, que lutou contra a ditadura iniciada em 1964, lembrou que nas últimas eleições, ele e Paulo Dantas, ficaram ao lado dos defensores da legalidade.
“Nós elegemos o Lula e fomos eleitos defendendo a democracia. Hoje governamos para o povo defendendo a justiça social e a igualdade. Essa é a diferença. Os crimes contra a democracia no fatídico 8 de janeiro, devem ser punidos exemplarmente na forma da lei. Mas é nosso dever formar cidadãos conscientes, dialogar com a sociedade por um país cada vez melhor e pelo desenvolvimento de Alagoas. Estamos do lado certo da história. A democracia sobreviveu e está fortalecida. Viva o Brasil, viva o povo brasileiro”, afirmou.
O governador Paulo Dantas enviou uma mensagem pelas redes sociais, na qual afirmou que o dia 8 de janeiro de 2023 jamais será esquecido e que, mesmo com a tentativa de golpe, a democracia venceu. Ele disse que não permitirá qualquer tipo de autoritarismo e ataques aos três poderes, e que hoje é dia de reafirmar: democracia sempre. Ele também disse que está unido com o presidente Lula para reconstruir o país.
O vice-presidente Geraldo Alckmin declarou que foi uma vergonha nacional o que aconteceu em 8 de janeiro de 2023, mas que houve uma resposta firme a favor da democracia. Ele disse que os culpados estão sendo punidos na forma da lei, e que as instituições seguem suas investigações para identificar os mandantes do ataque a fim de lhes atribuir suas devidas responsabilidades.
O ministro do STF Alexandre de Moraes, que é o relator dos processos penais contra os acusados de participação nos atos de 8 de janeiro, afirmou que as apurações conduzidas pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República identificaram que os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro acampados em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília passaram por uma espécie de treinamento sobre a invasão das sedes dos Três Poderes e sobre o plano de golpe. Ele disse que já votou pela condenação de mais 29 réus, e que o julgamento será feito presencialmente no plenário do STF.
Além do ato no Congresso Nacional, outras manifestações em favor da democracia foram realizadas em diversas cidades do país, inclusive em Maceió, convocadas por entidades, movimentos sociais e partidos políticos.