24 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Roubem os bancos, mas, deixem a democracia

Os dois assaltos a banco com cara de série da Netflix que ocorreram nessa semana no Sul e no Norte do Brasil foram muito estranhos.

O gado e os robôs se apressaram em culpar o STF pela barbaridade. Eles citam a recomendação 62/2020, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que orienta juízes a reverem prisões (de fechada para domiciliar) aos presos do grupo de risco e em final de pena, que não tenham cometido crimes violentos. A medida leva em conta a pandemia de Covid-19.

Os androides e animais falam em mais de 32 mil presos liberados. Esta distorção foi desmentida pelo Estadão. Clique aqui para ler.

Nem a polícia sabe o nome dos assaltantes, mas os ebós creditam aos presos de baixa periculosidade soltos com a medida a engenharia de crimes tão mirabolantes que estremeceram duas cidades inteiras e chocaram o país.

Como uma das características dessa gente é a memória seletiva, eles esqueceram que foi Bolsonaro que mandou revogar portarias que facilitavam o rastreamento de armas no Brasil. Um ato que beneficia diretamente o crime organizado.

Foi, no mínimo, uma atitude irresponsável do atual mandatário da República que revolta, mas, não choca ninguém.

Também revela um oportunismo maligno dessa gente. Uma chance que eles tiveram para atacarem as instituições e tirarem o ** do “mito” da reta.

Outra coisa preocupante é o clima de terror que esse tipo de crime gera, o que é perigoso. Uma população que se sente ameaçada aceita qualquer tipo de solução, inclusive aquelas maculadas de autoritarismo, para resolver seus problemas imediatos.

É aí que mora o perigo. Para quem não tem apreço pela democracia, o crime compensa. Abramos os olhos.