18 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Sem saúde, sem educação e sem consciência de classe

O fim do investimento mínimo em saúde e educação, previsto na PEC Emergencial que deve ser votada nesta quinta-feira (25), no Senado, é o prego que fecha o caixão do Brasil. Desistam do futuro.

A pergunta é: para onde vai esse dinheiro retirado do povo? A medida deve garantir mais uma rodada de auxílio emergencial. Ou seja, vamos sacrificar o futuro do país em nome do projeto eleitoreiro de Bolsonaro.

Isso não pode passar. Veja o perigo: relatório da ONG Todos pela Educação, recentemente divulgado, aponta que o Ministério da Educação fez o menor investimento da década em educação básica em 2020.

É o desmonte do estado em benefício de quem? Aliás, a quem interessa um povo sem acesso a educação de qualidade?

Onde há menos escolas do que igrejas o mal prospera. É difícil convencer um povo a combater as reais causas das mazelas sociais quando ele acha que o caos é fruto da preparação do terreno para a volta de um suposto messias.

Ou que sofre quem carrega uma maldição por não pagar o dízimo, por viver em “pecado” ou por ter pouca fé. Temos um exército de desavisados que aguarda um salvador para livrá-los da opressão. Coitados…

No caso da saúde, meu medo é que isso aqui acabe virando um Estados Unidos, onde quem adoece pode ir à falência. Lá, a saúde é uma mercadoria lucrativa. Quem não pode pagar que cuide para não adoecer, pois, pode ir para a sarjeta.

Famílias estadunidenses perdem casa, carro e poupança quando um dos seus integrantes adoece gravemente. Tem plano? Ele não cobre tudo.

O Brasil caminha nessa direção. Se a sociedade não se mobilizar e não der o recado nas urnas, em breve, isso aqui vai viver uma carnificina.

Pobre sem acesso à saúde, educação, à universidade, à casa própria. É o desmonte do estado em benefício de uma minoria.

Enquanto o povo carrega os seus carrascos nas costas sob gritos de “viva!” seguiremos na contramão.