Sabe o Sérgio Moro, aquele ex-juiz metido a durão, mas perdido em si mesmo; bolsonarista arrependido, transformou-se por completo durante a sabatina do Senado com o ministro da Justiça, Flávio Dino, indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Dino é odiado pelos bolsonaristas, que pretendiam mais um “terrivelmente evangélico” na corte. Só que o Brasil mudou e o presidente da República atual indicou o nome de Flávio Dino.
Eis que Sérgio Moro, respondendo a processo por corrupção na campanha eleitoral e por gastos milionários no processo, ultrapassando todos os limites da legislação eleitoral vigente, ao ver Dino na comissão correu para o abraço. Não quis nem saber dos “parças” de antes.
E nada tina haver com abraço de afogados. Dino tende a ser ministro do STF e Moro corre contra o tempo para não perder o mandato.
Assim, esqueceu os amigos bolsonaristas, abraçou, cochichou no ouvido, e, praticamente, beijou o futuro ministro da corte suprema.
Depois de tudo, não há mais o que dizer do cidadão que um dia foi juiz, carrasco, ministro e se sentiu Deus.
Só não percebeu às voltas que o mundo dá.
Ou, quem sabe, as limitações lhe impediram.