7 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Mundo

Stephen Hawking morre aos 76 anos

Hawking ficou mundialmente conhecido como o cientista que vivia recluso em uma cadeira de rodas computadorizada sem poder mexer o corpo atrofiado

O famoso físico britânico Stephen Hawking, um dos maiores cientistas do mundo, morreu nesta quarta-feira (14), aos 76 anos. Seus filhos Lucy, Robert e Tim relataram que ele morreu em sua casa em Cambridge, no Reino Unido, nas primeiras horas do dia.

“Estamos profundamente tristes pelo fato de o nosso amado pai ter morrido hoje”, afirmam os familiares, lembrando que ele foi “um cientista e um homem extraordinário, cujo trabalho e legado perdurarão por muitos anos”.

Gênio enclausurado

 

Hawking ficou mundialmente conhecido como o cientista que vivia recluso em uma cadeira de rodas computadorizada sem poder mexer o corpo franzino e atrofiado. E como o pensador que conquistou reinados da física ao ajudar a entender a origem do Universo e o papel dos buracos negros. “Se vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes”, diz Hawking, citando Isaac Newton (1643-1727), na obra “Os Gênios da Ciência” (2002), na qual revisita pensadores revolucionários.

Sua genialidade, que contribuiu para o avanço da física, e sua irreverência, que permitiu dar asas a um fenômeno pop, fizeram com que ele se assemelhasse muito com Albert Einstein (1879-1955), outro gênio pop. Hawking ocupou a cadeira de Isaac Newton como professor de matemática na Universidade de Cambridge até 2009, quando se comunicava apenas com um botão, utilizando um sintetizador de voz.

A vida de Hawking, marcada pela superação de limites e pelos romances atribulados de seus dois casamentos, se tornaram alvo do interesse e da curiosidade do público ao ponto de chegar à tela dos cinemas, em “A Teoria de Tudo” (2014). Nos últimos anos de vida, Hawking manteve-se presente no noticiário, participando ativamente dos debates mais contemporâneos, como sobre o advento da inteligência artificial e o aquecimento global.