Depois de gastar mais de 4 bilhões com deputados e senadores para sepultar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a denúncia de corrupção feita pela Procuradoria Geral da República, o presidente Michel Temer agora anuncia um corte de mais de 7 bilhões no Orçamento da União, atingindo as obras de infraestrutura e, principalmente, a Polícia Federal (PF) que perde R$ 400 milhões.
O ato em si tem o cheiro fétido da prevaricação por tudo que se passou antes e depois da CCJ. E mais ainda pelo corte do orçamento da PF, o que remete ao freio proposital contra a Operação Lava Jato.
É a frenética busca pela impunidade de Temer, para Temer e os seus mais íntimos assessores, considerando que Eliseu Padilha e Moreira Franco, os ministros mais fortes do governo, estão denunciados no STF.
Mas, não apenas para eles. O processo articulado para impunidade é para uma infinidade de parlamentares envolvidos nas falcatruas do poder e, devidamente, processados pela justiça.
No Supremo Tribunal, atualmente, existem simplesmente 404 inquéritos e ações penais abertos contra deputados e muitos deles por crimes de corrupção.
Um levantamento da Revista Congresso em Foco indica que cinco partidos (PMDB, PSDB, PP, PT e PR) reúnem 144 parlamentares com pendências criminais no STF. A maioria dos casos se mantém: corrupção.
Ah, ainda tem o DEM com 48% de sua bancada denunciada no Supremo, segundo a revista, além dos partidos nanicos com seus clássicos representantes.
Enfim, em meio a caolhice social, Temer usou o dinheiro da Nação para se manter no cargo. E agora retira dinheiro dos investimentos para frear um barco desgovernado que ameaça colidir com os muros das prisões planaltinas.