O fim da velha política, que entre outros inclui troca de cargos e entrega de agrados para votações, tão anunciada nas eleições, ainda não aconteceu. E nesta semana, o governo de Jair Bolsonaro (PSL) liberou R$ 1 bilhão em emendas parlamentares. Tudo para agradar os deputados que analisarão em breve sua proposta de reforma da Previdência.
As emendas são usadas como moedas de troca usadas entre Executivo e Legislativo e cerca de R$ 3 bilhões , emendas impositivas, não haviam sido pagas. Esse estoque se refere a recursos que deveriam ter sido liberados desde 2014.
E a gestão Bolsonaro vinha sendo cobrada por parlamentares insatisfeitos com a demora para acenar com a liberação de verbas para estados e municípios.
Cerca de R$ 700 milhões se referem a emendas individuais e aproximadamente R$ 300 milhões foram apresentadas por bancadas. O líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo, afirmou ainda que a medida atende a praticamente todos os partidos, inclusive os de oposição.
A liberação de emendas coincide com a retomada dos trabalhos do Congresso após o feriado de Carnaval e a previsão de início dos trabalhos das comissões das Casas, previsto para esta semana.
No começo do ano, o governo sofreu algumas derrotas na Câmara, onde líderes da base reclamam da falta de articulação e diálogo com interlocutores e ministros de Bolsonaro.
Com a instalação das comissões da Câmara, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma da Previdência poderá começar a tramitar na Casa.