4 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Mundo

Vídeo: Ministra da Igualdade em Israel diz ter orgulho da destruição e cadáveres em Gaza

“Estou orgulhosa das ruínas e de que cada bebê, mesmo daqui 80 anos, contará aos netos o que os judeus fizeram”

Ao comparar o genocídio que o governo de Israel comete em Gaza com o Holocausto na 2º Guerra Mundial, o presidente Lula (PT) iniciou um debate efervescido. Houve pedidos de impeachment, pedidos de retratação e certa revolta até mesmo entre apoiadores do petista.

Isso, no entanto, eboliu mais no Brasil e em Israel. Enquanto o governo israelense disse que a crítica seria uma ofensa a todos os judeus e chegou a taxar Lula como “persona non-grata”, nenhum governo no mundo, nem mesmo aliados de Israel, falaram algo contra a posição do brasileiro. Até mesmo após a reunião com o secretário do Estado dos EUA, o judeu Antony Blinken, não houve exigência de retratação.

A revolta, mais quente aqui no Brasil, especialmente por causa da oposição, acabou perdendo um ponto: o que está havendo contra o povo Palestino é realmente um massacre, um genocídio terrível. E a busca por terroristas do Hamas não justifica ações militares matarem tantos civis. Para o povo Palestino, isso sim é um Holocausto.

Ainda mais diante de declarações como essa:

Ouça bem, ninguém nem os seus parceiros contrários dentro e fora de Israel importam. Este governo não gagueja. Pode continuar sonhando que vamos terminar esta guerra sem vitória. […] Estou pessoalmente orgulhosa das ruínas de Gaza e de que cada bebê, mesmo daqui a 80 anos, conte aos seus netos o que os judeus fizeram. Eu não me importo com Gaza. Pelo que me importa, eles podem cair fora e nadar no mar. Quero ver cadáveres de terroristas cercando Gaza“.

A mulher no vídeo acima é May Golan, Ministra da Igualdade Social e Avanço da Mulher de Israel. No parlamento de lá, o deputado Ofer Cassif recebeu 85 votos e quase perdeu o mandato. Ele apoiou África do Sul no pedido para que a Corte Internacional de Justiça decidisse se Israel está ou não cometendo genocídio em Gaza.

Um dia antes, o Parlamento de Israel aprovou por 99 a 21 a decisão do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de não aceitar a criação de um Estado palestino de maneira “unilateral”. E iniciou-se ali, uma série de discursos horrendos, genocidas, de gente ruim.

A ministra Golan, que defende as mulheres e a igualdade, é uma crítica contumaz da imigração, na linha de Donald Trump e já disse que imigrantes africanos deveriam ser barrados de Israel, pois espalhariam AIDS.

No mesmo debate do vídeo acima, o parlamentar Hanoch Milbitsky se dirigiu a um membro árabe do Parlamento, Ayman Odeh, que votou contra o governo, e disparou: “Vocês morrerão, seus filhos morrerão, seus netos morrerão, não haverá um Estado palestino, nunca haverá”. Tanto a ministra quanto Hanoch pertencem ao partido de Benjamin Netanyahu, o Likud.

O ufanismo, o nacionalismo, o patriotismo exacerbado geralmente tende a chegar nesse ponto. No inicio, ouvem-se discursos patrióticos, até chegar no ponto em que estão em Israel e na faixa de Gaza, onde só há morte e sofrimento.

A imensa maioria da população só quer o que todo mundo quer: que seus filhos tenham o que comer, ver eles crescerem rindo, felizes. E absolutamente não se importam com ideologias ou quem elegem para presidente.

Hoje, temos um governo defendendo o extermínio de uma raça, de uma nação, a ponto de defender que os bebês sobreviventes nunca se esqueçam disso. Para quem está sofrendo o ato, é realmente um Holocausto.

Em tempo: o governo de Israel acusou lula de ser um negacionista do Holocausto. Não sei se eles sabem, mas um publicitário muito infame na 2ª Guerra Mundial afirmava que uma mentira contada mil vezes se tornaria realidade. Sendo assim, que as práticas hediondas e genocidas do governo de Israel não tornem Lula mais correto ainda.