6 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Villas Bôas: Intervenção só se for constitucional

Ele acredita que há uma identificação na população com os valores das Forças Armadas e uma ânsia pelo restabelecimento da ordem

Não existe a possibilidade de uma intervenção militar nos mesmos moldes do período da ditadura militar, entre 1964 e 1985, de acordo com o comandante do Exército brasileiro, o general Eduardo Villas Bôas.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O comandante afirmou que, se o Exército intervier, será para respeitar a Constituição e manter a democracia. Para Villas Bôas, o Brasil está na “iminência de algo muito grave acontecer, que é a perda da nossa identidade”.

Com relação ao movimento intervencionista, que pede a volta dos militares no poder, Villas Bôas disse que há uma identificação na população com os valores das Forças Armadas e uma ânsia pelo restabelecimento da ordem.

“Eu nem vejo um caráter ideológico nisso. Mas, de qualquer forma, as Forças Armadas, e o Exército, pelo qual eu respondo, se, eventualmente, tiverem de intervir, será para fazer cumprir a Constituição, manter a democracia e proteger as instituições”, afirmou.

“Quem interpreta que o Exército pode intervir como na ditadura, é porque não conhece as Forças Armadas e a determinação democrática, de espírito democrático, que reina e preside em todos os quartéis”, disse.