Depois de mudar a agenda militar no Rio de Janeiro, o candidato presidente Jair Bolsonaro (PL) planeja discursar no trio do pastor Silas Malafaia para fazer um de seus pronunciamentos no 7 de Setembro – que contará com passagens em Brasília e São Paulo.
Bolsonaro pressionou para que o evento fosse transferido para a avenida Atlântica, na orla de Copacabana —onde apoiadores do presidente costumam se reunir em manifestações.
Com resistência por parte de generais, o presidente desistiu da ideia, mas pediu que a Marinha e FAB (Força Área Brasileira) realizem um ato alusivo em Copacabana —estão programados salto de paraquedistas na areia da praia e 29 salvas de canhão no forte que fica na região.
Presidentes da República tradicionalmente participam do 7 de Setembro em atos realizados na Esplanada do Ministérios, em Brasília. Mas desta vez, Jair viajará para o Rio e em manifestação marcada para São Paulo participará de forma remota.
A campanha de Bolsonaro quer que ele adote um tom moderado nos discursos. No 7 de setembro do ano passado, o presidente disse que não iria respeitar “qualquer decisão” do ministro Alexandre de Moraes e xingou o magistrado de “canalha”. Agora, a poucas semanas da eleição, a campanha não quer que ele ataque as instituições, mas tem certeza de que ele deve criticar o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas
Apoiadores de Bolsonaro têm planejado ir às ruas para demonstrar a força popular do candidato à reeleição. Em São Paulo, estão previstos 13 caminhões de som; no Rio pelo menos nove.
Os partidos de oposição PT, PDT e Rede foram ao STF (Supremo Tribunal Federal) reclamar que Bolsonaro usa a data para cunho eleitoreiro. Até a noite de ontem (6), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tinha nenhum evento público agendado.