16 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

7 de setembro, dia sem ódio e sem medo; somos um povo só, diz Lula

Presidente diz que soberania nacional é algo maior que a defesa das fronteiras e do espaço aéreo brasileiro

Lula defende a união e diz que todos “sonhamos os mesmos sonhos”

Em pronunciamento público nesta quarta-feira, 6, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediu união para a população brasileira e destacou que, mesmo com as diferenças, o país é formado de “um único povo em busca de melhorias”.

A fala antecede as comemorações do Dia da Independência do Brasil nesta quinta-feira, 7 de setembro, dia da independência.

“Amanhã (quinta-feira) não será um dia de ódio nem de medo e, sim, de união. Dia de lembrarmos que o Brasil é um só. Que sonhamos os mesmos sonhos. Podemos ter sotaques diferentes, torcer para times diferentes, seguir religiões diferentes, ter preferência por este ou por aquele candidato, mas somos uma mesma grande nação, um único e extraordinário povo”, afirmou o petista.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), afirmou nesta semana que as forças de segurança e serviços de inteligência estão empenhados em evitar que algo similar ao 8 de Janeiro volte a ocorrer.

Soberania é algo maior

No último item do discurso, o presidente tratou da soberania como algo “maior do que a defesa das fronteiras e do espaço aéreo brasileiro”.

“É defender nossas empresas estratégicas, bancos públicos, riquezas minerais, fortalecer agricultura e indústria”, comentou.

O presidente afirmou que, além disso, para manter a soberania, é preciso combater todas as formas de desigualdades, como fome, emprego, saúde e educação.
Por fim, Lula afirmou que a relação com outros poderes também passou a ser harmônica em seu governo.
“Investimos em um diálogo com o Congresso Nacional, governos estaduais, prefeituras, Poder Judiciário, partidos políticos”, disse.
A fala foi uma referência ao governo anterior de Jair Bolsonaro (PL), que teve uma relação tumultuada com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), partidos e governadores de oposição. O atual ministro e ex-governador do Maranhão, Flávio Dino, chegou a ser alvo de ataques.
“Daqueles governadores de ‘paraíba’, o pior é o do Maranhão”, disse Bolsonaro em julho de 2019. O termo pejorativo “paraíba” é usado no Rio de Janeiro para se referir ao povo nordestino.