Enfim, depois da intervenção do Ministério Público Estadual (MPE), a Prefeitura de Maceió decidiu enterrar 42 corpos de indigentes que estavam insepultos por determinação da gestão municipal. A ordem era que apenas 10 corpos deveriam ser sepultados nos cemiérios municipais.
O prefeito Rui Palmeira foi obrigado pelo MPE a assinar um Termo de Ajuste e Conduta (TAC) para enterrar os corpos que estavam esperando a decisão do gestor para as providências do enterro. Com ação conjunta das 61ª e 66ª promotorias públicas, os corpos serão levados para o cemitério Divina Pastora.
Ao IML foi determinado a exumação de 50 cadáveres no cemitério, sendo 25 no dia 24 de fevereiro e mais 25 no dia 3 de março, para abrir espaços para os novos sepultamentos. os corpos ou restos exumados serão acondicionados em sacos e guardados, pois podem ser, a qualquer momento, objetos de investigação de DNA, a pedido da justiça.
O problema da falta de vagas nos cemitérios da cidade está se tornando histórico e a Prefeitura não move pedras para a construção de um novo cemitério. A questão é que o espaço só garante votos quando é entregue a algum vereador que o controla e, normalmente, negocia com as famílias para os enterros dos seus mortos.
Talvez, agora, com a ação do Ministério Público Estadual a situação caminhe para uma solução que possibilite as famílias enterrarem os mortos de forma digna e respeitosa. Afinal, no caso dos indigentes, a ordem era sepultar 10 corpos a cada mês.