Em entrevista ao programa Conexão, da GloboNews, o novo advogado do tenente-coronel Mauro Cid, Cezar Bitencourt, mostrou um pouco de como será a estratégia do defensor do ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro: colocar a culpa em quem deu ordens.
Bitencourt, apesar de alegar que assumiu o caso na noite de ontem (15) e que ainda não encontrou o cliente, afirmou que o militar preso há três meses era só um assessor e apenas cumpria ordens.
“Na verdade, ele é um militar, mas ele é um assessor. Assessor cumpre ordens do chefe. Assessor militar com muito mais razão. O civil pode até se desviar, mas o militar tem por formação essa obediência hierárquica. Então, alguém mandou, alguém determinou. Ele é só o assessor. Assessor faz o quê? Assessora, cumpre ordens”.
Bitencourt também disse que Cid é um “grande injustiçado” e que deve se encontrar hoje com o militar para definir uma estratégia de defesa.
Cid está preso desde maio, suspeito de participar do esquema de desvio e venda de joias recebidas pela Presidência e adulteração de certificados de vacina.
“Ordem ilegal, ordem injusta, militar cumpre também. Acho que não pode é cumprir ordem criminosa. Vamos avaliar onde apareceu, se apareceu, se ele tinha consciência disso, mas são questões de foro íntimo”.
Pai de Cid
Vale lembrar que o General Mauro Cid, pai de Mauro Cid, se afastou de Bolsonaro em momento de tensão sobe no caso das joias.
O general —que sofreu operação de busca e apreensão na semana passada por ajudar a vender nos EUA joias que Bolsonaro recebeu de presente de autoridades estrangeiras— sempre foi amigo próximo e fiel ao ex-presidente. Até seu reflexo aparecer em um dos itens contrabandeados.
Alguém poderia avisar que delação premiada tira da cadeia, queremos saber quem é o chefe!