Na manhã desta quinta-feira (5) surgiu uma reviravolta política que nem mais o fanático bolsonarista (que acredita que o atual presidente do Brasil é o general Heleno) acreditaria: Alexandre de Moraes assinou um pedido de prisão dele mesmo no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões:
“Expeça-se o mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L”.
Claro, o documento é falso e o presidente do TSE e ministro do STF não pediu a própria prisão e nem mesmo que fizesse o L. O que aparentemente aconteceu foi uma invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), algo já sendo investigado pela Polícia Federal.
Além de pedir para fazer o L, ladainha de bolsonaristas após a derrota para Lula nas eleições, o mandado fraudulento contém outras ironias, como “sem me explicar, porque sou como um deus do olimpo, defiro a petição inicial, tanto em razão da minha vontade como pela vontade extraordinária de ver o Lula continuar na presidência”.
]Moraes ainda seria condenado a pagar uma multa de R$ 22,9 milhões, mesmo valor da punição imposta ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (essa de verdade), que propôs uma ação pedindo a anulação dos votos de mais da metade das urnas usadas no segundo turno das eleições deste ano.
Em nota, o CNJ disse que identificou uma “inconsistência fora do padrão” feita por um usuário regularmente cadastrado no sistema e que o caso já está sendo investigado pelas autoridades responsáveis. O Banco Nacional de Monitoramento de Prisões está fora do ar.