19 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Alexandre de Moraes liga vazamento de mensagens a organização criminosa

Segundo ele, a organização se daria em uma rede virtual para derrubar o estado de direito no Brasil

Foto: Tânia Rêgo

Uma Organização Criminosa (Orcrim) agiu para desestabilizar instituições, fechar o Supremo Tribunal Federal (STF) e trazer de volta a ditadura ao país, segundo declarou o ministro Alexandre de Moraes, no inquérito que apura o  vazamento e a publicação de mensagens que expuseram ações fora do rito de seu gabinete.

O inquérito foi aberto após a Folha de S. Paulo revelar que o gabinete do ministro no Supremo ordenou por mensagens e de forma não oficial a produção de relatórios pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para embasar decisões do próprio Moraes no inquérito das fake news.

O ministro, que retirou o sigilo do inquérito, destacou ainda que “o vazamento e a divulgação de mensagens particulares trocadas entre servidores dos referidos Tribunais se revelam como novos indícios da atuação estruturada de uma possível organização criminosa que tem por um de seus fins desestabilizar as instituições republicanas”.

Para Alexandre de Moraes, conforme dito no inquérito, “a articulação se dá principalmente contra órgãos que possam contrapor-se “de forma constitucionalmente prevista a atos ilegais ou inconstitucionais”.

De acordo com a decisão que abre o inquérito, essa organização se daria em uma rede virtual de apoiadores que atuam, de forma sistemática, para criar ou compartilhar mensagens com o objetivo final de derrubar a estrutura democrática e o Estado de Direito no Brasil.