Assim como seu entorno, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também foi alvo da operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta quinta (8.)
A PF foi à casa dele, em Angra dos Reis, e apreendeu o celular de um de seus assessores, Tercio Arnaud Thomaz. Como o ex-presidente não estava lá, foi determinado que ele entregasse o passaporte em até 24 horas.
“Saí do governo há mais de um ano e sigo sofrendo uma perseguição implacável. Me esqueçam, já tem outro governando o país”, disse o ex-presidente, em relato À Mônica Bergamo.
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Operação Tempus Veritatis
A PF deflagrou nesta quinta a Operação Tempus Veritatis para apurar organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder.
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Os policiais cumprem 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva em 10 estado e no Distrito Federal (DF). Dois ex-assessores de Bolsonaro, o coronel Marcelo Câmara e Felipe Martins, foram presos. Há ainda medidas cautelares, como proibição de contatos entre os investigados, retenção de passaportes e destituição de cargos públicos.
Entre os alvos da operação estão os ex-ministros de Bolsonaro general Augusto Heleno (GSI), general Braga Netto (Casa Civil e Defesa), Anderson Torres (Justiça) e o ex-comandante do Exército Paulo Sérgio Nogueira, como mostrou a Folha. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também é alvo de busca e apreensão.