O próprio presidente Jair Bolsonaro considera “amigo particular” e agora Carlos Victor Guerra Nagem é também integrante da direção da Petrobras, para a gerência executiva de Inteligência e Segurança Corporativa da estatal.
Sua indicação é defendida pela própria empresa. Ela lembra que Nagem é empregado da companhia há cerca de 11 anos e tem o currículo adequado para a vaga. Lotado em Curitiba, o novo gerente nunca havia ocupado cargo comissionado na estatal.
O cargo de Gerências executivas faz parte do segundo escalão na hierarquia da Petrobras, abaixo apenas da diretoria, com salário em torno de R$ 50 mil. A estatal não divulga os vencimentos de seus empregados.
A indicação é tão incomum, que o próprio presidente precisou defendê-la:
A seguir o curriculo do novo Gerente Executivo de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras, mesmo que muitos não gostem, estamos no caminho certo! pic.twitter.com/YJzYBo5tz7
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 11 de janeiro de 2019
Nagem já se candidatou a cargos públicos pelo PSC duas vezes sob a alcunha Capitão Victor, em referência a seu histórico na Escola Naval, mas não conseguiu votos suficientes para se eleger em nenhuma das duas ocasiões.
Em 2002, disputou vaga de deputado federal pelo Paraná e em 2016, a vereador da capital paranaense. Nessa campanha, contou com o apoio do atual presidente da República, que aparece em vídeo pedindo votos para aquele que chama de “amigo particular”.
Vice indica filho
Nesta semana, a assessoria do Banco do Brasil confirmou que Antonio Hamilton Rossell Mourão, filho do vice-presidente Hamilton Mourão, será o mais novo assessor especial da instituição. Com o novo cargo, ele ganhará R$ 36,3 mil por mês.
Funcionário de carreira do banco há 18 anos, Rossell Mourão vinha atuando havia 11 anos como assessor na área de agronegócio da instituição, ganhando cerca de R$ 12 mil mensais. Sua mulher, Silvia Letícia Zancan Mourão, também é funcionária do banco.
Segundo o estatuto do BB, o presidente tem direito a nomear três assessores especiais. Pela tradição, ele se cerca de especialistas na área jurídica, de comunicação e do agronegócio.
O vice-presidente disse que seu filho atua há anos na instituição financeira e que tem uma trajetória sólida para a nova posição.