A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques golpistas de bolsonaristas nos três poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro, convocou o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Tenente-Coronel, Mauro Cid.
Eles serão os dois primeiros a depor. Também deverão depor à CPMI os generais Augusto Heleno e Braga Neto, como mentores da tentativa de golpe militar, após as eleições de outubro.
A defesa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal (DF) Anderson Torres confirmou que ele vai comparecer a convocação, para “expor a verdade”.
Para os deputados federais e senadores que compõem a CPMI, Torres é um dos principais personagens para explicar os atos contra as sedes dos Três Poderes. Na casa dele, inclusive, foi encontrada a minuta do golpe.
No dia dos ataques, Torres era secretário de Segurança Pública do DF. Entretanto, havia viajado dois dias antes para os Estados Unidos.
Ao voltar para o Brasil, ele foi preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Após quatro meses, em 11 de maio, foi solto e, agora, cumpre medidas cautelares como uso de tornozeleira eletrônica.