20 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Após descanso, Lula entra hoje na transição de olho em PEC e manutenção do auxílio em R$ 600

Orçamento de 2023 é tanto prioridade e principal desafio pela equipe de transição comandada pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin

Após quatro dias de descanso na Bahia, o presidente eleito Lula (PT) já voltou da Bahia e participa hoje (7) da primeira reunião com a equipe de transição de governo para debater uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que aumente os gastos para o ano que vem e permita que cumpra promessas de campanha.

O Orçamento de 2023 é tanto prioridade e principal desafio pela equipe de transição comandada pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).

Segundo a agenda do petista, o presidente eleito deve passar esta segunda-feira em São Paulo, a terça-feira (8) em Brasília para articulação da proposta junto ao Congresso e ao Judiciário. Isso tudo antes de ir para a COP-27, no Egito.

Ele deverá se encontrar com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para falar do Orçamento, e com a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Rosa Weber.

A ida a Lula a Brasília também marca o início do governo de transição na prática. Oficialmente, os trabalhos começaram comandados por Alckmin na quinta.

Auxílio

A equipe de transição de Lula busca espaço fiscal para manter em R$ 600 o benefício mensal do programa de transferência de renda, uma de suas principais propostas de campanha, e outros programas sociais, que não foram contemplados na proposta de orçamento apresentada pelo governo Jair Bolsonaro (PL) ao Congresso, em agosto.

Em reunião, comandada por Alckmin e pelo senador eleito Wellington Dias (PT-PI), hpa ficou acertada uma PEC que autorizasse despesas acima do teto. A “PEC da Transição”, como já está sendo chamada, seria uma alternativa necessária para que o novo governo consiga manter projetos.

A proposta orçamentária enviada ao Congresso por Bolsonaro assegura um valor médio de R$ 405,21 no Auxílio Brasil e impõe cortes em programas sociais, habitacionais e no Farmácia Popular. A verba necessária é estimada entre R$ 100 bilhões e R$ 200 bilhões

Lula considera imprescindível manter o auxílio no valor de R$ 600, como prometeu, mas a equipe econômica tem a preocupação em não passar uma imagem de que a PEC seria um “passe livre” para gastança, como temem representantes do mercado.

Assim, o entorno de Lula tem reunido figuras respeitadas nos ambientes econômicos, como Alckmin, Lara Resende e o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles (União Brasil), que já defendeu o estouro do teto de gastos.