Durante a visita que ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na carceragem da Polícia Federal do Paraná nesta terça-feira, 18, o senador Renan Calheiros (MDB) declarou apoio à pré-candidatura de Lula à presidência da República e voltou a criticar a intenção de seu partido de lançar o ex-ministro Henrique Meirelles para o Planalto
“A candidatura do Meirelles seria muito boa para a presidência da Febrabam, não da República. O Meirelles não é originário do PMDB, ele é originário da JBS, é um candidato do sistema financeiro”, disse. “O que mudou no Brasil foi o sentido da anticandidatura. Ulisses Guimarães foi um anticandidato, mas contra as pessoas que queriam fazer errado. Agora, Meirelles é o anticandidato contra os que querem fazer o certo para o Brasil”, acrescentou.
Calheiros lembrou que a estratégia do PMDB de não lançar candidatura própria nas últimas eleições presidenciais foi fundamental para o partido construir a maior bancada do Congresso e eleger o maior número de governadores e disse que a candidatura de Meirelles é um risco para o partido. “O MDB não pode dar legenda a ele, ele tem 1%. Isso vai dificultar o desempenho do partido em todos os estados. O partido tem bons governadores e você não pode condená-los a subir num palanque com o Meirelles, com essa agenda contra os pobres e os trabalhadores num país que a economia está cada vez mais desmoronando”, alertou.
O senador disse que irá para a convenção do partido, marcada para o dia 2 de agosto, para defender a tese da não candidatura. “O fundamental é que no dia 2 estejamos juntos para impedir essa candidatura que é transformar nossa legenda numa legenda de aluguel. Temos que nos preocupar em reconstruir o MDB no pós-Michel Temer, que é um governo tenebroso”, concluiu.