Bastou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) participar de uma reunião com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para o presidente derrotado nas últimas eleições, Jair Bolsonaro (PL) bloquear os recursos do Orçamento Secreto.
A ordem dada nesta quarta-feira, 30, foi para bloquear a liberação dos recursos das emendas do relator, que beneficiavam os parlamentares do Centrão.
Na prática, o Executivo retira dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o poder de negociar a liberação de verbas com as suas respectivas bases parlamentares.
A justificativa oficial foi o Executivo a falta recursos para despesas urgentes, após os sucessivos bloqueios que a área econômica precisou fazer para cumprir a regra do teto de gastos. Dos R$ 16,5 bilhões reservados para o orçamento secreto neste ano, R$ 7,8 bilhões não foram liberados e estão bloqueados pelo governo federal.
Isso aconteceu exatamente no dia seguinte em que o PT declarou apoio a reeleição de Arthur Lira para a presidência da Câmara.