Brasil -E de repente no emaranhado das investigações da Operação Lava Jato, o nome do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), é citado por um delator.
O fato acontece exatamente quando surgem especulações sobre os movimentos de Temer, que estaria deixando a articulação política do governo Dilma para se preservar como eventual pólo de poder em caso de impeachment dela.
t surgiu um constrangimento. O nome de Temer foi citado pela primeira vez na Operação Lava Jato.
A citação veio a público neste sábado, num dos depoimentos do lobista Júlio Camargo, que representa os interesses do grupo Toyo Setal e foi um dos principais delatores do esquema. Júlio Camargo faturou mais de R$ 73 milhões no esquema de corrupção da Petrobrás.
“Havia comentários de que Fernando Soares era representante do PMDB, principalmente de Renan, Eduardo Cunha e Michel Temer. E que tinha contato com essas pessoas de irmandade”, disse Júlio Camargo, num depoimento que foi usado na acusação da procuradoria-geral da República contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Em nota, Temer se defendeu dizendo:. “Michel Temer não conhece Fernando Soares, nunca teve ou tem com ele qualquer relação ou contato de ‘irmandade’; também não conhece Júlio Camargo”, diz a nota”.
O vice-presidente disse que incentiva apurações sérias, profundas e responsáveis sobre os fatos. Apenas se insurge contra informações falsas e inverídicas”, concluiu o comunicado.
Fernando Soares é mais conhecido como Fernando Baiano. Nos meios politicos ele é apontado como o operador do PMDB.
Um dia depois de ser denunciado na Lava Jato, Eduardo Cunha procurou o vice-presidente Michel Temer. A interlocutores próximos, Cunha já afirmou que não cairá sozinho.