27 de julho de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Ausente no Debate da Record, Bolsonaro é citado por adversários

Próximo e último debate de primeiro turno será nesta quinta-feira, promovido pela TV Globo

O principal alvo do debate entre os candidatos à Presidência na noite deste domingo (30), promovido pela Record, o penúltimo na televisão, foi o ausente Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas de intenção de voto. Ele se recupera de uma facada, na primeira semana de setembro, tendo recebido alta neste final de semana. Outro bastante criticado foi Fernando Haddad (PT), segundo colocado nas pesquisas.

Os demais candidatos usaram de todos os artifícios para estarem no segundo turno, que parece mesmo estar encaminhado entre Bolsonaro e Haddad. Propostas de governo foram deixadas de lado e a prioridade foram ataaques Às declarações polêmicas de Bolsonaro e o histórico de corrupção do PT.

Bolsonaro

“Jair Bolsonaro, que está de alta, felizmente, graças a Deus atravessou esse trauma; eu mesmo suspendi minha campanha, durante muitos dias fiquei ligando para saber se estava tudo bem, mas ele não veio”, disse Ciro Gomes (PDT), logo em sua primeira participação.

“Eu, no outro debate, vim com uma sonda pendurada na perna, em respeito aos ilustres opositores e à sociedade brasileira, porque precisamos debater”, lembrou ele do debate da SBT, após um procedimento na próstata.

“É uma pena que ele não esteja aqui, tomara que no próximo debate esteja presente para se explicar sobre as propostas da equipe dele”, afirmou Marina Silva (Rede) sobre o próximo e último debate de primeiro turno será na quinta-feira (4), promovido pela TV Globo, ao responder Henrique Meirelles (MDB) sobre outro tema

Respostas, apenas no Twitter, após o debate: “Muitos comemoraram o atentado que sofri pois viram uma oportunidade de atacar sem chance de defesa”.

Geraldo Alckmin (PSDB), também criticou os líderes das intenções de voto nas pesquisas. “Estou de acordo que nós precisamos sair desse radicalismo de esquerda e direita”, afirmou o tucano. “É impressionante como os radicais se atraem”, disse o tucano em referência aos rivais do PSL e do PT. “Bolsonaro declarou no plenário que votou no Lula.”

Haddad

Segundo colocado nas últimas pesquisas Datafolha e Ibope, e tecnicamente empatado na liderança com Bolsonaro no levantamento de sábado (29), divulgado pelo instituto MDA, Haddad também virou alvo. “PT e Bolsonaro são cabos eleitorais um do outro. E nós temos que combater esse autoritarismo”, afirmou Marina ao comentar uma reposta de Ciro.

“Eu vejo, como eu disse anteriormente, que o PT acabou criando o Bolsonaro, e o Bolsonaro é o maior cabo eleitoral do PT. Você não precisa ficar entre a cruz e a espada. Há esperança. Nós estamos aqui”, ao responder Álvaro Dias (Podemos) sobre parte dos eleitores estarem indo às urnas com medo.

Em meio ao bombardeio, Haddad teve um pedido de resposta negado após Álvaro Dias acusar Lula de decidir quais aliados apoiar com verba de campanha a partir da cadeia, citando reportagem da revista IstoÉ.

E em determinado momento, o petista disse ter intenção de reequilibrar os poderes e reformar os sistemas tributários e bancário, para depois ser repreendido por Ciro Gomes.

“Você não acredita numa única palavra do que acabou de dizer. Não existe poder constituinte no presidente da República”, rebateu Ciro, esclarecendo que só o Congresso tem o poder para chamar uma Assembleia para mudar a Constituição. “Essas palavras foram postas na sua boca porque, infelizmente, há uma vingança que você está encarregado de fazer”, declarou o candidato do PDT.