4 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
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Bananinha e o dom da onipresença

Bananinha foi flagrado vendo jogo no Qatar…

Três horas depois de confirmar presença na Câmara dos Deputados, em Brasília, Eduardo Bolsonaro foi flagrado assistindo ao jogo da Seleção Brasileira contra a Suíça na Copa do Mundo do Qatar, a 14 horas de distância do Brasil.

O gado conseguiu convencer os Bolsonaro de que eles são deuses e “Bananinha” levou isso a sério, exercendo o dom da onipresença. E não é de hoje que ele faz isso.

Quando tinha 18 anos, um dos baluartes da moral e dos bons costumes conseguia, ao mesmo tempo, trabalhar em Brasília e cursar Direito no Rio de Janeiro. Nessa época, Eduardo foi nomeado para um cargo comissionado de 40 horas semanais na liderança do PTB, então partido do pai dele na Câmara dos Deputados, comandado por Roberto Jefferson.

…no mesmo dia, ele estava “presente” no Congresso

Nesta semana, a desculpa para faltar ao trabalho, enquanto alguém bateu o ponto por ele, foi pior: o parlamentar estaria no país árabe para entregar pen drives a autoridades de diversos países, com informações sobre a situação do Brasil.

Não consta em nenhum lugar missão oficial do deputado. Seria espionagem? E na era do armazenamento em nuvem, quem peste transfere arquivos por pen drives? Seria esta tecnologia mais confiável do que as urnas eletrônicas que o gado bolsonarista tanto ataca?

Outro questionamento: colher informações sigilosas do Brasil e entregar, na surdina, a outro país, não seria crime?

Para quem é decente, já passou da hora dessa corja pagar para seus crimes. Para os patriotários, novos capítulos dessa novela somente devem ser revelados em 72 horas.