Na conjuntura de crise, com o endividamento e desemprego de trabalhadores, o bancos fazem a festa com seus lucros. Com a divulgação do lucro líquido da Caixa Econômica Federal no segundo trimestre de 2018, de R$ 3,46 bilhões, o ganho dos cinco maiores bancos do país, somados, saltou para R$ 41,6 bilhões nos primeiros seis meses do ano.
A cifra já é mais da metade do lucro total do setor em 2017 (R$ 77,4 bilhões), o que reforça as chances de um novo lucro anual astronômico.
A cifra acumulada por Itaú Unibanco, Bradesco, Caixa, Banco do Brasil e Santander, livre de impostos, é próxima ao investimento da União em Educação previsto para um semestre em 2018 (R$ 44,5 bilhões).
Além do spread bancário abusivo, o desempenho dessas empresas se deve, em grande parte, à estratégia de privilegiar empréstimos rentáveis a pessoas físicas, em detrimento ao crédito oferecido para empresas. Também contribuem para estes números as tarifas de serviços, que têm cada vez mais peso nos balanços dos bancos, apesar da crescente digitalização das transações.