4 de outubro de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Band encerra programa de 77 anos após radialista pedir morte de todos os palestinos

Apresentadora do ‘Hora Israelita’ do RS afirmou que todos os palestinos são “animais”, que não havia inocentes em Gaza e que o Exército israelense deveria exterminá-los

O programa Hora Israelita foi cancelado pela Rede Bandeirantes. Após 77 anos no ar, o programa de rádio em Porto Alegre foi cancelado após um discurso de ódio contra o povo palestino.

Transmitido aos domingos desde 1946, a edição da semana anterior foi terminado duas semanas após a comentarista Deborah Srour utilizar seu espaço, no dia 15, para pregar o extermínio dos habitantes da Faixa de Gaza. Ela tentou se desculpar pelas falas e dizer que foram “tiradas de contexto”.

Srour afirmou que os palestinos são “animais”, que não existem civis inocentes em Gaza e que o Exército de Israel deveria ser “mortífero” contra toda a população

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A afirmações pareciam não ser problema nenhum para a direção da Rádio Band de Porto Alegre, mas a repercussão do tema não só fora de Porto Alegre, mas como além da bolha dos ouvintes, provocou reações de indignação com o discurso de ódio.

Diante da repercussão negativa, a Hora Israelita e Deborah Srour informaram pelas redes sociais que a Rede Bandeirantes havia decretado a retirada do programa da grade da Band Porto Alegre, onde estava presente havia mais de duas décadas, depois de ter passado por outras emissoras.

Na quinta-feira (26), o Grupo Bandeirantes informou a Matinal que o departamento jurídico estava analisando o caso. Neste domingo (29), não houve uma nova edição do Hora Israelita.

A Federação Israelita, patrocinadora do programa, tentou se eximir e limitou-se a observar que não responde pelo conteúdo, sem fazer qualquer objeção a ele.

Menos mal para Debora que o extermínio que ela tanto quer vem acontecendo na região. O Exército de Israel já matou 8 mil pessoas em Gaza. Metade delas são crianças. Crianças que Deborah chamou de animais e defendeu seu extermínio.

Alguns dos “animais” que Deborah tanto defende matar e exterminar