20 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Bolsonaristas criticam Valdemar por usar a Justiça para reverter derrota na eleição

Para eles, a resposta sobre a fiscalização do processo eleitoral deveria vir das Forças Armadas

A tentativa pífia de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, em anular de parte de votos do segundo turno da eleição não pegou bem para militância bolsonarista.

Isso porque entre os mais radicais, aqueles acampados nos quartéis, Costa Neto jamais poderia ter deixado uma decisão final para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), considerado por eles um inimigo de Jair Bolsonaro (PL).

Para eles, a resposta sobre a fiscalização do processo eleitoral deveria vir das Forças Armadas – curiosamente, a mesma que divulgou um relatório afirmando que as eleições foram limpas.

Mesmo assim, um trecho da entrevista que Valdemar concedeu à imprensa ao entrar com a representação no TSE pego mal: “Como vamos conviver com o fantasma da eleição de 2022? Temos que solucionar isso e pedimos ao Tribunal Superior Eleitoral que decida a questão”.

Em áudios compartilhados, militantes dizem que o único processo válido que levará à vitória é o que segue o rito constitucional definido pelas Forças Armadas e que a interferência política do PL é inapropriada e cheira à tentativa de desestabilizar o procedimento articulado pelas ruas.

Desde a derrota de Bolsonaro para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), bolsonaristas estão acampados em frente a quartéis e alguns participam de bloqueios e protestos em rodovias, onde a violência escalou nos últimos dias.

Nos dias 2 e 15 de novembro, eleitores se uniram aos acampados em protestos contra a vitória de Lula, pedindo intervenção das Forças Armadas. E não querem nem ouvir falar de “fantasmas”, pois, para eles, a eleição ainda não acabou.