Por Plínio Teodoro (Revista Fórum)
Em discurso em Anápolis na noite de sexta-feira, 21, ao receber uma medalha da prefeitura, Jair Bolsonaro (PL) sinalizou que havia um golpe em curso e que teria “deixado” Lula assumir a Presidência da República no dia 1º de Janeiro deste ano.
“Entreguei o Brasil, ou melhor, deixei outro cara assumir, porque jamais passaria a faixa para uma pessoa com o passado dele’, disse o ex-presidente, que fugiu para os Estados Unidos antes mesmo de terminar o mandato para não entregar a faixa presidencial a Lula.
No discurso, de 15 minutos, ele também criou uma nova teoria da conspiração ao dizer que é perseguido e que a cassação de seus direitos políticos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o deixou inelegível pelos próximos 8 anos, se deu “de forma bastante nebulosa”.
“Se eu nada representasse para nossa pátria, depois daqueles números do TSE, não estariam me perseguindo até hoje. Não teriam, de forma bastante nebulosa, me tornado inelegível. Qual foi o crime? Corrupção não foi. Abuso de poder econômico não foi”, disparou.