16 de setembro de 2024Informação, independência e credibilidade
Policia

Bolsonaro, assessores e generais depõem nesta quinta na Federal

Todos são suspeitos de ter organizado uma tentativa de golpe no Brasil para reverter o resultado da eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT

Bolsonaro e equipe depõem hoje na condição de investigados por tentativa de golpe

O ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de liderar um plano de golpe de Estado, para impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) depõe nesta quinta-feira, 22, na Polícia Federal, mas já divulgou que ficará em silêncio.

Já o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, também relacionado para depor hoje, disse que  vai falar aos investigadores. Torres  Ele adotará a estratégia de dizer que não há crime em suas falas em reunião gravada em junho de 2022 e anexada às investigações.

A Polícia Federal terá nesta data uma super quinta-feira de depoimentos, com Jair Bolsonaro, general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Braga Netto, ex-chefe da Casa Civil, Anderson Torres, delegado  e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa, entre outros militares e ex-assessores da presidência da República no governo passado

Todos eles foram alvos da Operação Tempus Veritatis, no dia 8 de fevereiro, com o cumprimento de mandados de prisão temporária e busca e apreensão. Eles são suspeitos de ter organizado uma tentativa de golpe no Brasil para reverter o resultado das eleições e a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Dinâmica golpista

Parte das provas reunidas durante a investigação são baseadas em material encontrado em aparelhos eletrônicos do ex-chefe da ajudância de ordem de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, que inclusive fechou um acordo de delação premiada.

A partir dessas informações, a Polícia Federal constatou que os comandantes das Forças Armadas teriam sido pressionados a aderir a uma ação golpista, mas apenas o então comandante da Marinha, Almir Garnier, teria apoiado.

Um vídeo de uma reunião anterior à eleição, encontrado no computador de Cid, revelou também que Bolsonaro pressionou os ministros a adotarem um discurso contrário ao resultado das eleições e crítico à segurança das urnas eletrônicas.

Para o STF, tal reunião “revela o arranjo de dinâmica golpista no âmbito da alta cúpula do governo”.